Mariana: o que fazer e quantos dias ficar

Mariana, que foi a primeira cidade de Minas e a primeira capital do estado, é rodeada por montanhas e cheia de história. Charme também não falta por lá.

Para alguns, é uma cidade para um passeio bate-volta ou para uma viagem combinada com Ouro Preto, já que a distância entre elas é de apenas 15 quilômetros. Essas opções são possíveis? Sim, e eu fiz isso várias vezes.

Acontece que quando eu fui para lá com calma e fiquei uma noite, eu percebi que além de ter aproveitado mais e aprendido mais sobre o lugar, eu consegui conhecer pessoas. Na minha opinião, isso é o que realmente interfere na qualidade do passeio e na conexão com o lugar.

Sem contar que por lá a noite é calma e bonita, ótima para tomar um bom vinho ou uma cerveja gelada em algum dos bares e restaurantes espalhados pelas praças.

Hoje quero te contar o que fazer e onde comer em Mariana, para que você possa tirar um final de semana para conhecer ou para reviver essa linda cidade histórica de Minas Gerais.

Caminhe pela cidade

Para conhecer Mariana, calce um sapato confortável e faça o passeio a pé. A cidade não é grande e ao caminhar você poderá apreciar não só os pontos turísticos oficiais, mas todas as casas e os detalhes delicados em algumas portas e janelas.

A cidade é colorida, a arquitetura é linda e como a região é montanhosa, existem cenários surpreendentes para ver e também para fotografar. Eu brinco que as cidades históricas são instagramáveis, e Mariana não é diferente. Vá com calma e aprecie.

Visite os pontos turísticos oficiais 

Comece o passeio pela Praça Minas Gerais. É nela que você terá a chance de conhecer as Igrejas Nossa Senhora do Carmo e de São Francisco de Assis, o Pelourinho e a Casa de Câmara e Cadeia.

Nas igrejas, arte barroca e trabalhos de artistas como Aleijadinho e Mestre Ataíde. Na Casa Câmera, além da vista linda das janelas (não deixe de apreciar), você terá a chance de conhecer as funções administrativas e legislativas, além da história da senzala e da fundição de ouro.

Saindo de lá, suba pela Rua Dom Silvério e, no caminho, aprecie a Capela Nossa Senhora Rainha dos Anjos, que é pequena, tem uma tonalidade azul e representa a arte rococó, e o Colégio Providência, que não é ponto turístico, mas é lindo. 

Ao final da rua você vai se deparar com a igreja que, na minha opinião, é a mais bonita da cidade: São Pedro dos Clérigos. Ela é uma das três únicas igrejas barrocas de Minas com plano em redondo, é inacabada, tem uma cor diferente e fica em um ponto alto, com uma vista panorâmica maravilhosa.

Ao descer, passe na Praça Gomes Freire, que é uma praça agradável, arborizada e rodeada lojas de artesanato, de bares, cafés e restaurantes. Aproveite para tomar um sorvete (eu nunca perco a chance) e relaxar. 

Feito isso, siga pela Rua Frei Durão e visite o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, que fica na antiga Casa Capitular. Ele conta com obras de Aleijadinho e com esculturas, pratarias, joias e pinturas que representam o cerimonial religioso. 

Ao sair, siga para a Praça da Sé, onde também está localizada a Catedral Nossa Senhora de Assunção, conhecida como Catedral da Sé. Apesar de ser simples e modesta pelo lado de fora, o interior é rico e surpreendente (está fechada para restauro desde 2016).

A título de curiosidade, é lá que está um órgão musical com 7 metros de altura por 5 metros de largura, que foi construído por Arp Schnitger, na Alemanha, no ano de 1701. É o único trabalho de Schnitger que está fora da Europa e é um dos exemplares mais bem conservados.

Para terminar, siga pela Rua Direita, que é uma rua extremamente conservada, e visite o Atelier e Casa dos Artistas “Mestre Ataíde”. Lá tem exposições e comercialização de obras de artistas e artesãos locais, e você vai encontrar esculturas em madeira, pinturas, objetos de pedra sabão e muito mais.

Ande de trem

Famoso na cidade é o passeio de trem que liga Mariana a Ouro Preto. A paisagem é bonita e o trajeto dura aproximadamente 1 hora. No site oficial da Vale você consulta horários, valores e condições, já que existem vagões convencionais e vagões panorâmicos. 

É importante saber o seguinte: os passeios são realizados de quinta a domingo, e em todos os feriados nacionais. Mesmo se não quiser ir, vale conhecer a estação de trem de trem de Mariana, que é bem bonita. Caminhando, ela fica há aproximadamente 15 minutos do Centro.

Aproveite a comida

Entre um passeio e outro, é claro que você vai precisar comer. Opções não faltam na cidade, mas aqui eu vou colocar os lugares que conheço e gosto.

Sempre que eu vou para lá eu como no Bistrô, que tem um ambiente gostoso, uma varanda charmosa no segundo andar e um cardápio com pratos e petiscos fartos e deliciosos, ótimos para compartilhar.

Mas se você quiser um self-service com comida mineira de qualidade, sugiro o Restaurante Lua Cheia. Adorei tudo que provei por lá e ele tem um jardim no fundo que é ótimo para você comer com calma em um ambiente mais fresco. 

Já para a sobremesa ou para aquele café gostoso no meio da tarde, recomendo a Chantilly Confeitaria. Os doces são divinos e eu confesso que é difícil escolher um só.

Todos os lugares ficam próximos à Praça Gomes Freire, então, independente da escolha, você chegará rapidinho neles, ok? Seguem os endereços:

Bistrô: R. Salomão Ibrahim da Silva, 128

Restaurante Lua Cheia: R. Dom Viçoso, 58

Chantilly Confeitaria: R. Frei Durão, 32

Conheça o distrito de Passagem de Mariana

É no distrito de Passagem de Mariana, que fica há 5 km do Centro Histórico, que você vai conhecer a Mina da Passagem, a maior mina de ouro aberta à visitação pública no mundo.

Além do passeio ser lindo e da mina ter uma espécie de lago no final, o que é realmente impressionante, a descida é uma aventura: ela acontece em um trolley que, de acordo com as informações oficiais, chega a 315m de extensão e 120m de profundidade.

As visitas acontecem todos os dias, entre 9h e 17h, e no site oficial você encontra informações sobre horário e formas de pagamento.

Uma dica extra: eu não conheço, mas dizem que lá em Passagem, pertinho da Mina, fica o restaurante Sinhá Olímpia, que é de comer rezando (Rua Olímpio Fernandes Lima, n° 02). Já está na minha lista para a próxima viagem.

E então, já está arrumando as malas? Eu espero que sim!

Beijos, Isabela.

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