Eu sempre fui fã da Orquestra Ouro Preto e dos repertórios variados, sempre inovadores, que aproximam as pessoas da música e causam grandes emoções.
Esse ano eu acompanhei quase todas as apresentações que eles fizeram no Sesc Palladium e confesso que me impressionei muito. Além da qualidade dos shows, vi o teatro sempre cheio e percebi que as pessoas, assim como eu, sempre saem de lá emocionadas. Isso é o poder da arte, e isso é único.
Então, vim aqui contar que nesse domingo, dia 14 de outubro, às 11 horas, a Orquestra vai apresentar, pela primeira vez, um concerto em homenagem ao Pequeno Príncipe, a linda obra literária do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry.
O livro é um dos meus preferidos da vida e eu tenho uma coleção com umas 6 ou 7 edições diferentes. Guardo com todo amor cada uma das mensagens dessa história, que apesar de ter sido escrita para crianças, deveria ser lida muitas e muitas vezes pelos adultos.
É exatamente por isso que estou super animada para o espetáculo, que tenho certeza que será inesquecível. Provavelmente, um dos mais lindos, já que os bonecos de pano darão um charme especial.
Sobre o Concerto:
Rodrigo Toffolo, diretor artístico e regente titular da Orquestra Ouro Preto, assina a adaptação do texto para o espetáculo, e conta que a soma dos instrumentos orquestrais à narração e ao cenário composto por bonecos trouxe um resultado capaz de agradar a adultos e crianças. “Não é um espetáculo só infantil já que quis fazer uma adaptação fiel da clássica obra de Exupéry e, portanto, frases importantes do autor que nos fazem refletir estão intactas no texto que tem música original nas sete cenas que o compõe. O que fiz foi uma desconstrução do texto original, começando a história do meio, do encontro entre o Príncipe e o Rei”, desvenda o Maestro que manteve a filosofia e poesia presentes no texto francês de 1943.
A produção, que integra vários elementos artísticos, recebe música original de um dos mais premiados compositores brasileiros, Tim Rescala. A magia do teatro de bonecos, por sua vez, ficou por conta do bonequeiro e artista contemporâneo Eduardo Felix.
Rescala, que também é narrador da história, ora interpreta o Pequeno Príncipe, ora o Piloto que vive um acidente com seu avião no meio do deserto do Saara e, ao adormecer no local se encontra com o Pequeno Príncipe e, assim, começam uma relação. “É um espetáculo que explora a linguagem do teatro de bonecos, contando a história do personagem imortalizado na literatura mundial, criando um universo lúdico por meio de diálogo entre a música e as artes cênicas. É um evento para toda a família. Uma ótima oportunidade para comemorar o Dia das Crianças”, conta Toffolo, que continua: “No palco, há uma relação interessante entre os músicos da orquestra, as marionetes e narrador”.
No roteiro do Concerto, o Pequeno Príncipe, que precisava de um amigo e tinha uma essência socrástica, ou seja, gostava de fazer muitas perguntas; leva o público a uma viagem por 7 cenas repletas de reflexões e encontros, com narrativa sempre marcada pelo perfil de diferentes instrumentos orquestrais.
Saindo de seu planeta, o principezinho conhece um Rei com seu Cravo, um homem de negócios e seu Xilofone e um geógrafo com sua Flauta, até chegar a um planeta azul – o nosso planeta. No deserto do Saara, inicia sua caminhada ao lado de um aviador e seu Corne Inglês, encontrando um poço e sua água fresquinha. O som do Fagote leva o Pequeno Príncipea conhecer uma raposa e com ela a importância de cativar. Em sua volta para casa, uma voz faz – o Príncipe e o público – refletir sobre a importância de estar atento às ervas boas e más que permeiam o universo particular de cada um.
Ao final, a Orquestra conduz o Pequeno Príncipe de volta a sua casa, mas desta vez, levando consigo um carneiro dentro de uma caixa e um nome para a sua rosa. “O nome é algo muito significativo nessa trajetória. A história leva o público a compreender, junto com o Príncipezinho, que tudo que é especial para nós, damos um nome: pessoas, carros, bichos, e, claro, a rosa!”, reflete Rodrigo Toffolo fazendo mistério sobre o nome escolhido para a Rosa do Pequeno Príncipe. “Posso dizer que é um nome sem gênero, e ainda tem um significado de pertencimento e amor”.
O concerto Orquestra Ouro Preto O Pequeno Príncipe é uma aventura cheia de simbolismos, onde a coragem para as novas descobertas e o valor de contemplar as pequenas coisas se encontram em uma narrativa repleta de musicalidade, linguagens repletas de contemporaneidade. “Isso reflete bem quem é a Orquestra Ouro Preto. Sempre imprimimos em nossos trabalhos uma forma de popularizar a música erudita, trazer proximidade para as pessoas de forma a criar apreciação pelo formato, nossa grande missão baseada na excelência e versatilidade de nossas produções”, diz o Maestro, lembrando que na jornada, o Pequeno Príncipe não desiste de perguntar e, então descobrir-se, refletir, e prosseguir.”E este é o convite da Orquestra Ouro Preto a cada pessoa que se encontrar com este Príncipe do mundo eclético da harmonia musical e da literatura orquestral”, finaliza.
Informações Importantes:
Data: domingo, 14 de outubro
Horário: 11h
Local:Grande Teatro do Sesc Palladium(Av. Augusto de Lima, 420 – Centro, Belo Horizonte),
Ingressos:R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo têm 60% de desconto e pagam R$ 8,00.
Vendas: Bilheteria do Sesc Palladium e em ingressorapido.com.br
Fotos: Isabela Lapa/Coisas de Mineiro
Beijos, Isabela!